Técnico trabalhando no laboratório do NUPLAM Equipe do NUPLAM trabalhando no laboratório de medicamentos Equipe do NUPLAM trabalhando no escritório Funcionário realizando testes em laboratório do NUPLAM Técnica analisando algumas amostras em laboratório da NUPLAM Técnico testando uma amostra de medicamento em laboratório da NUPLAM

UFRN lança campanha para pesquisa de desenvolvimento de vacinas

Cartaz de divulgação da campanha de financiamento colaborativo

A UFRN inicia, esta semana, uma campanha de financiamento colaborativo (crowdfunding) a fim de arrecadar fundos para o estudo de vacinas contra duas doenças endêmicas no Brasil: Doença de Chagas e Leishmaniose. Dentre os apoiadores estão o Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos (NUPLAM) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Os estudos são desenvolvidos pelo Laboratório de Imunoparasitologia, ligado ao Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da UFRN. À frente da campanha está o coordenador do laboratório, Marcelo Silva. De acordo com o professor, o foco da pesquisa é identificar diferentes aspectos da validação de vacinas no contexto da Doença de Chagas, Leishmaniose e Tripanossomíase Africana, embora esta última não seja endêmica no Brasil nem em outros países da América Latina.

A iniciativa é resultado do consórcio ibero americano RedVLP, que a universidade integra junto a instituições acadêmicas de outros nove países: Espanha, Portugal, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia e Estados Unidos.

 

Rede científica de colaboração

O financiamento colaborativo promovido pela UFRN é uma das ações que integram a RedVLP. O consórcio existe com a finalidade de formar uma rede científica de colaboração para desenvolver protótipos de vacinas no âmbito de doenças tropicais negligenciadas, e fornecer recursos financeiros para que os pesquisadores de cada instituição acadêmica participante façam campanhas de crowdfunding.

A colaboração entre as instituições funciona da seguinte forma: um pesquisador de um laboratório apresenta um protótipo de vacina. Esse protótipo vai ser avaliado por diferentes laboratórios sob aspectos distintos como o nível de toxicidade e efetividade. Ou seja, a plataforma financia um grupo de pesquisadores de diferentes laboratórios, que irão cobrir todas as necessidades científicas para que a vacina possa ser lançada no mercado.

 

Doenças tropicais negligenciadas

A principal característica que pode denominar uma enfermidade como uma doença negligenciada é o fato de ela ser acometida por uma parcela da população que vive em situação de vulnerabilidade social e que lida com problemas como a falta de saneamento básico, a desnutrição e a falta de acesso à conscientização para cuidados com a saúde.

Segundo Marcelo Silva, essas enfermidades “afetam aproximadamente 150 países em todo o mundo. No Brasil nós temos várias como a Dengue, que é causada por um vírus, e outras causadas pelos tripanossomatídeos: a Doença de Chagas e a Leishmaniose”.

De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, 3.289 casos de Leishmaniose Visceral, conhecida como Calazar e 19.395 casos de Leishmaniose Tegumentar foram registrados no Brasil no ano de 2015, e aproximadamente 3 milhões de brasileiros estão infectados com a Doença de Chagas.

As duas doenças possuem tratamento farmacológico. Na Doença de Chagas, existe um fármaco chamado benzonidazol, efetivo apenas para os indivíduos que se encontram na fase inicial da infecção. O problema desse fármaco é que ele acarreta várias reações devido ao grau de toxicidade.

Em relação ao tratamento da Leishmaniose, apesar de existirem fármacos com eficácia, o valor é alto. Como a doença está diretamente atrelada a pessoas que vivem em situação de miséria, o acesso ao tratamento é prejudicado.

Todo dinheiro arrecadado é direcionado para financiar as pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Imunopatologia da UFRN.

 

Para contribuir com a campanha, clique aqui 

 

Redação com informações de João Sales - Agecom/UFRN 



14 de Dezembro de 2017 Voltar